Clean fuels for allA ambição da UE é ser neutra em termos climáticos até 2050. A indústria de refinação europeia, representada pela sua associação FuelsEurope, apoia e partilha esta ambição e mostra como, graças aos combustíveis líquidos de baixo carbono, o setor dos transportes poderá contribuir para alcançar este objetivo, reduzindo até 100Mt CO2/ano, as emissões dos transportes em 2035.
Em termos concretos, foi delineada com base no conhecimento tecnológico atual e numa estimativa de custos, uma via possível, a Clean Fuels for all, para desenvolver combustíveis líquidos de baixo carbono (LCLF – Low Carbon Liquid Fuels) para o transporte rodoviário, e em particular, para a aviação e o transporte marítimo e rodoviário pesado, onde atualmente não existem alternativas tecnológicas equivalentes.
Os LCLF incluem biocombustíveis da primeira geração sustentáveis, biocombustíveis avançados, biomass-to-liquid, hidrogenação de óleos vegetais/desperdícios e resíduos, e e-combustíveis, para substituir o CO2 fóssil por CO2 biogénico ou reciclado, bem como a aplicação de CCS e de hidrogénio verde em refinarias, para reduzir a pegada de carbono na fabricação de combustíveis. São assim combustíveis sustentáveis, de origem não petrolífera, com nenhuma ou muito limitada emissão de CO2, durante a sua produção e utilização. Misturados inicialmente com combustíveis convencionais, substituirão progressivamente os combustíveis fósseis.
Estas novas tecnologias são empolgantes, mas de capital intensivo, e o seu desenvolvimento em larga escala, exigirá confiança dos investidores e visão política. Para concretizar este percurso, será necessário um investimento estimado entre 400 e 650 mil milhões de euros. Outros avultados investimentos, para além dos já realizados, poderão começar nos próximos anos, possivelmente com as primeiras unidades à escala industrial a iniciar a produção o mais tardar até 2025.
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