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2021, retrospectiva e perspectivas futuras

Estando quase concluído mais um ano civil, faz sentido fazermos um breve balanço dos principais acontecimentos e fatores que tiveram impacto na nossa indústria. Não se tratou claramente de um tempo de “business as usual”, mas antes de uma sucessão de acontecimentos, factos e decisões políticas importantes que obrigaram a respostas rápidas e reposicionamentos estratégicos tendo em vista o que se espera na área da energia, e não só, com reflexos no nosso setor.

Em primeiro lugar a evolução da pandemia e o seu impacto na atividade económica. Com o início de um bem-sucedido plano de vacinação, criou-se a esperança de voltar à normalidade, até com a expectativa, que veio a revelar-se frustrada, de uma hipotética imunidade de grupo. Infelizmente e apesar da adesão maciça da população, não se conseguiu evitar o aparecimento de novas vagas, estando neste preciso momento a ocorrer uma delas. Não é difícil perceber a incerteza que isto provoca quer ao nível da saúde, quer ao nível da atividade económica. Apesar de 2021 ter sido um ano de recuperação mantiveram-se, em vários setores, níveis inferiores ao período pré-pandemia sendo, nalguns casos, difícil prever para quando a recuperação total. É o caso do mercado dos combustíveis, em particular no setor da aviação.

A somar a este facto, a pressão que advém da necessidade de medidas urgentes para combater as alterações climáticas, acelerando a transição energética, tem levado os decisores políticos, em particular na União Europeia, a anunciar a um ritmo sem precedentes, alterações legislativas com impacto significativo em termos ambientais, económicos e sociais. Não será, portanto, surpresa que se verifiquem algumas incoerências, até conflitos entre as várias propostas de revisão das diretivas e regulamentos que constam do pacote FF55 que, esperamos, possam vir a ser corrigidos (e não agravados…) com as consultas públicas e a discussão no Parlamento e Conselho Europeus. A nossa indústria apoia sem reservas os objetivos de descarbonização da economia e a meta de se atingir a neutralidade carbónica em 2050 de forma justa, sustentável e tecnologicamente neutra. Acreditamos que somos parte da solução, propomos um roteiro com as soluções que preconizamos e iniciámos no terreno esse caminho. São exemplos disso os múltiplos anúncios de projetos de reconversão de instalações fabris, de substituição de matérias-primas fósseis por resíduos e outras fontes renováveis, com uma contribuição significativa para a economia circular. Isto para além dos investimentos em formas de produção de energia a partir de fontes renováveis e de uma oferta diversificada de produtos energéticos para alimentar as novas necessidades que vão surgindo, casos dos gases renováveis, hidrogénio e eletricidade para a mobilidade.

Sem entrar em detalhes, até porque é tema que nos ultrapassa, não podemos deixar de referir os aspetos geoestratégicos que geraram situações de grande tensão entre vários atores nas cenas mundial e regional com impacto, por exemplo, no preço das matérias-primas e consequente pressão inflacionária, criando dificuldades acrescidas aos agentes económicos e aos consumidores em geral. Somando uma recuperação económica forte, após a queda abrupta de 2020, veio dificultar o desejado equilíbrio dos mercados com os preços da energia a atingirem valores muito altos, no gás natural e eletricidade e, em menor escala, nos combustíveis.

A acrescentar ao clima de incerteza que caracterizou 2021 e que em certa medida continuará em 2022, não podemos deixar de referir a dissolução do parlamento e a convocação de eleições legislativas para o final de janeiro, a que se seguirá o período de formação do novo governo e a preparação da proposta de lei do orçamento de 2022, que apenas irá cobrir parte desse ano. Isto, quando se discutem a nível europeu as já referidas propostas de importantes alterações legislativas, dificultando tomadas de posição nacionais claras, constituindo outro fator de incerteza.

Apesar de tudo, e numa nota de otimismo, temos a convicção que a nossa indústria saberá encontrar as soluções certas, com base nas suas competências e capacidades, e alicerçadas num longo historial de desafios permanentes.

Continuando a constituir um pilar fundamental do desenvolvimento económico e bem-estar das populações, garantindo a energia do presente enquanto desenvolve as soluções do futuro: Energia em evolução!

António Comprido, Secretário-Geral da Apetro

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