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Notícias das Associadas

26/01/2017

BP Energy Outlook: está a decorrer uma transição energética

Embora os combustíveis não fósseis sejam responsáveis por metade do crescimento do fornecimento de energia nos próximos 20 anos, o BP Energy Outlook 2017 prevê que o petróleo e o gás, juntamente com o carvão, continuarão a ser a principal fonte de energia a alimentar a economia mundial, representando mais de 75% da oferta total de energia em 2035, em comparação com 86% em 2015.
 
O panorama energético global está a mudar. “Os centros tradicionais de procura estão a ser superados pelos mercados emergentes em rápido crescimento. O cabaz energético está-se a alterar, impulsionado por melhorias tecnológicas e preocupações ambientais. Mais do que nunca, a nossa indústria precisa de se adaptar para fazer face a essas necessidades energéticas em constante mudança ", disse Bob Dudley, CEO do grupo BP.

26/01/2017
  • A procura mundial de energia deverá aumentar cerca de 30% até 2035, impulsionada pelo aumento da prosperidade nos países em desenvolvimento, parcialmente compensada por rápidos ganhos em eficiência energética,

  • As melhorias tecnológicas e as preocupações ambientais estão a alterar a combinação da procura de energia primária, mas o petróleo e o gás, juntamente com o carvão, continuam a ser a principal fonte de energia até 2035,

  • O gás natural cresce mais rapidamente do que o petróleo ou o carvão, sendo suscetível que a rápida expansão do GNL conduza a um mercado globalmente integrado de gás, tendo como referência os preços do gás dos EUA,

  • A procura por petróleo cresce, mas em desaceleração; outras utilizações que não a sua combustão, como a petroquímica, substituirão o transporte como principal fonte de crescimento da procura até 2030,

  • O consumo global de carvão atingirá um pico, enquanto as energias renováveis permanecem, de longe, a fonte de energia com crescimento mais rápido, quadruplicando nos próximos 20 anos,

  • Quase dois terços do aumento do consumo de energia primária destinam-se ao setor da eletricidade,

  • As emissões de carbono crescem menos de um terço da taxa dos últimos 20 anos, refletindo tanto os ganhos de eficiência energética como a variação do “mix” de combustíveis, mas serão necessárias ações adicionais se se pretender cumprir as metas acordadas em Paris. 

De acordo com a edição de 2017 do BP Energy Outlook, publicado ontem, que analisa tendências de consumo de energia a longo prazo e desenvolve projeções para os mercados mundiais nas próximas duas décadas, a procura global de energia deverá aumentar cerca de 30% entre 2015 e 2035, um crescimento médio de 1,3% ao ano. No entanto, esse crescimento na procura de energia é significativamente menor do que o aumento esperado de 3,4% ao ano do PIB global, refletindo a melhoria da eficiência energética, impulsionada por melhorias tecnológicas e preocupações ambientais.

Todo o crescimento da procura de petróleo até 2035 virá dos mercados emergentes, sendo a China responsável por metade desse crescimento. O sector dos transportes representa cerca de dois terços do crescimento da procura de petróleo. A procura de petróleo proveniente do setor automóvel aumentará em cerca de 4 milhões de barris por dia, em função de uma duplicação da frota automóvel global. Supõe-se que o número de carros elétricos aumente de 1,2 milhões em 2015 para cerca de 100 milhões em 2035 (cerca de 5% da frota automóvel mundial). O Estudo constrói dois cenários ilustrativos para considerar de forma abrangente o impacto da revolução da mobilidade que afeta o mercado automóvel, incluindo carros autónomos, a partilha de automóveis e de viagens, que representam as principais incertezas duma perspetiva de longo prazo.

A taxa de desaceleração no crescimento da procura de petróleo, contrasta com a sua abundância global, o que pode fazer com que os produtores a baixo custo, como a OPEP no Médio Oriente, a Rússia e os EUA, usem esta vantagem competitiva para aumentar a sua participação no mercado, em detrimento dos produtores a custos mais altos.

A edição de 2017 deste estudo foi lançada ontem em Londres por Spencer Dale, Economista Chefe do grupo BP, e por Bob Dudley, CEO, podendo ser consultada aqui.

26/01/2017