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Notícias

17/06/2020

A bp divulgou hoje a 69ª edição do bp Statistical Review of World Energy

Mercado Petrolífero

A edição deste ano, congrega e analisa os dados de energia relativos a 2019, destacando as tendências globais de energia, emergentes antes da atual pandemia de Covid-19.

Segundo este estudo, enquanto alguns aspetos, como o forte crescimento contínuo das energias renováveis, incentivam o mundo a seguir um caminho mais sustentável, outros, incluindo o contínuo crescimento das emissões de carbono, sublinham a dimensão do desafio mundial para atingir zero emissões líquidas.

Na apresentação do estudo, Bernard Looney, CEO da bp, afirmou: “À medida que o mundo emerge da pandemia de Covid-19, parece que estamos num momento crucial.

“Emissões líquidas zero podem ser alcançadas até 2050. Mas, para atingir emissões líquidas zero até 2050, o mundo exige reduções semelhantes nas emissões de carbono a cada dois anos, nos próximos 25 anos. Isso só pode ser alcançado através de uma mudança radical de todos os nossos comportamentos, usando os recursos e a energia com mais eficiência, e implementando toda a gama de energias e tecnologias de zero e baixo carbono à nossa disposição - incluindo energias renováveis, eletrificação, hidrogénio, CCS, bioenergia e muitas mais. Essas energias e tecnologias de carbono zero existem hoje, o desafio é usá-las em ritmo e escala, e eu continuo otimista quanto a podermos fazê-lo.  

As principais conclusões do bp Statistical Review 2020 são:

  • A desaceleração do crescimento do consumo de energia primária, para 1,3% em 2019, menos da metade da taxa de crescimento do ano anterior (2,8%).
  • O crescimento de 0,5% das emissões de carbono resultantes da utilização de energia em 2019, revertendo apenas parcialmente o forte crescimento extraordinário de 2,1% observado em 2018. O crescimento médio anual das emissões de carbono entre 2018 e 2019 foi superior à média dos últimos 10 anos.
  • As energias renováveis contribuíram com o maior aumento já registado em termos de energia (3,2 exajoules), tendo sido responsáveis por mais de 40% do crescimento global de energia primária no ano passado, mais do que qualquer outro combustível. A sua participação na geração de energia (10,4%), também superou a nuclear pela primeira vez.
  • O consumo de gás natural aumentou 2%, bem abaixo do crescimento excecional observado em 2018, mas a sua participação na energia primária ainda atingiu um recorde (24,2%). A produção de gás natural aumentou 3,4%, impulsionada por um aumento recorde nas exportações de gás natural liquefeito (54 mil milhões de metros cúbicos).
  • O consumo de petróleo cresceu abaixo da média em 0,9 milhões de barris por dia (b/d), ou 0,9%, enquanto a procura por todos os combustíveis líquidos, incluindo biocombustíveis, superou os 100 milhões de b/d pela primeira vez.
  • A participação do carvão na energia primária caiu para o nível mais baixo em 16 anos (27%), depois do consumo ter caído 0,6%, liderado por uma queda acentuada da procura na OCDE. Contudo, o carvão continuou a ser a maior fonte de energia para geração de eletricidade, respondendo por mais de 36% da sua produção global.
  • A China foi responsável por mais de três quartos do crescimento global de energia líquida, enquanto os EUA e a Alemanha registraram os maiores declínios.

Consulte este interessante estudo aqui.