A Agência Internacional de Energia (IEA) lançou em Outubro o “World Energy Outlook 2021”. Neste relatório é referido que a rápida, mas desigual, recuperação económica, após a recessão incitada pela crise pandémica durante 2020, está a gerar um elevado aumento dos preços nos mercados de gás natural, carvão e eletricidade. E que, apesar dos grandes avanços feitos relativamente às energias renováveis e à mobilidade elétrica, durante 2021 está a assistir-se a uma grande recuperação no uso de carvão e petróleo, o que por sua vez também está a provocar o segundo maior aumento anual de emissões de CO2 na história.
Os dados atuais mostram que estamos muito longe do alinhamento com as projeções do Cenário de Zero Emissões Líquidas até 2050 da IEA (NZE1), publicado em maio de 2021, e que traça um roteiro exigente, mas alcançável, para a estabilização de 1,5°C no aumento da temperatura média global e para o alcance de outras metas de desenvolvimento sustentável relacionadas com a energia.
Entretanto, segundo a Diretora Executiva da IOGP – International Association of Oil & Gas Producers, Iman Hill, o “petróleo e gás serão vitais para uma transição energética ordenada”, frisando que a indústria “está a fazer contribuições significativas em várias áreas: apoiando a mudança do carvão para o gás na geração de eletricidade; reduzindo as emissões de gases de efeito estufa; e investindo em energias renováveis, biocombustíveis e captura e armazenamento de carbono (CCS)”.
Em 2030, o petróleo e o gás ainda corresponderão a 46% da oferta global de energia, de acordo com as projeções do Cenário de Desenvolvimento Sustentável da IEA. A IOGP reforça que “a história nos mostra que a introdução de novas fontes de energia e as transições entre essas fontes de energia levam décadas. Essa transição tomará rumos diferentes em diferentes países. O mundo em desenvolvimento tem necessidades, capacidades e fatores económicos muito diferentes.”.
Mais informações no website da IOGP.