Os fabricantes de veículos automóveis e a indústria dos combustíveis alternativos apelaram, numa declaração conjunta junto da Comissão Europeia, à consistência na definição de combustíveis alternativos que impulsionarão a transição energética.
BRUXELAS, 14 de janeiro de 2020 - Os objetivos de transição energética da UE no longo prazo dependem, não apenas do desenvolvimento de novas tecnologias, mas também da utilização de combustíveis alternativos que já reduzem as emissões nocivas. Já que a UE redefine a importante legislação ambiental e energética no âmbito do “Green Deal”, não deve abandonar soluções limpas, comprovadas e custo eficientes, tais como os combustíveis renováveis sustentáveis e o GPL.
É esta a mensagem de uma ampla coligação de fabricantes de veículos e produtores e fornecedores de combustíveis alternativos que, numa nova declaração conjunta, pedem à Comissão Europeia que adote uma abordagem tecnologicamente neutra, na sua próxima revisão da Diretiva de infraestrutura de combustíveis alternativos. A coligação inclui a ACEA (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis), a Liquid Gas Europe (Associação Europeia do GPL, da qual a Apetro é membro), da ePURE (Associação Europeia de Etanol Renovável), do EBB (Conselho Europeu de Biodiesel) e da UPEI (representando fornecedores europeus independentes de combustíveis).
"É imperativo que todos os combustíveis alternativos desempenhem um papel na transição energética", disse a coligação. "Embora seja importante definir objetivos de longo prazo, a Europa não deve descartar soluções que já estão disponíveis, são custo eficientes, comercialmente viáveis e que contribuem positivamente para a transição energética".
O grupo exorta a Comissão a manter a sua definição atual de combustíveis alternativos na próxima revisão da Diretiva de Infraestrutura de Combustíveis Alternativos, garantindo a elaboração de políticas consistentes e um ambiente de investimento estável. A diretiva tem como objetivo construir o mercado de combustíveis alternativos, como o Autogas (GPL como combustível de transporte) e combustíveis renováveis sustentáveis (como o etanol, o biodiesel e o biogás), que já atingiram um certo grau de maturidade, e impulsionar o mercado dos recém chegados, como a eletricidade e o hidrogénio.
Embora crescente, os veículos movidos a combustíveis alternativos representam uma pequena percentagem da frota da UE. Enquanto isso, as emissões de GEE no transporte rodoviário continuam a aumentar, e muitos países violam os padrões de qualidade do ar. Isso significa que a UE precisará fazer um melhor trabalho, mobilizando soluções que funcionem hoje, além de apoiar o desenvolvimento do mercado de novas tecnologias e das respetivas infraestruturas.
Dada a urgência da crise climática e da qualidade do ar, a UE precisa adotar uma abordagem prática. Isso inclui a promoção de combustíveis mais limpos, que já são comercialmente viáveis, com preços competitivos, que oferecem benefícios imediatos, e que não exigem mudanças drásticas e dispendiosas em infraestruturas ou nos trens propulsores.
Leia a declaração completa aqui.