A Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB) organizou no passado dia 20, uma conferência sobre “O Setor dos Biocombustíveis em Portugal”, onde se debateu o estado do setor nas suas vertentes de investigação, nomeadamente sobre os biocombustíveis avançados, económica, e de enquadramento legal
Em Portugal, onde o setor dos transportes representa cerca de 25% das emissões totais de gases de efeito estufa, bem como em muitos países europeus, os biocombustíveis são atualmente responsáveis por quase toda a redução das suas emissões, e têm tido uma contribuição significativa para o cumprimento das metas relativas à incorporação de energias renováveis no consumo final de energia.
A abertura da Conferência foi feita pelo presidente da APPB, Paulo Carmona, ao que se seguiu uma apresentação de André Paula Santos, do European Biodiesel Board.
Nos diferentes painéis da Conferência, que foi encerrada pelo Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Energia, Dr. João Galamba, participaram a Direção Geral de Energia e Geologia, a Entidade Nacional para o Setor Energético, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia, o Instituto superior Técnico e a Apetro, representada por António Comprido e Guido Albuquerque, que tiveram oportunidade de reiterar a posição da Indústria de Refinação Europeia, que considera que os LCLF - Combustíveis Líquidos de Baixo Carbono, desempenharão um papel crítico na transição energética e na obtenção da neutralidade carbónica em todos os meios de transporte, sendo imprescindíveis para o cumprimento da meta de neutralidade climática em 2050.
Os Combustíveis Líquidos de Baixo Carbono incluem biocombustíveis da primeira geração sustentáveis, biocombustíveis avançados, biomass-to-liquid, hidrogenação de óleos vegetais/desperdícios e resíduos, e e-combustíveis, para substituir o CO2 fóssil por CO2 biogénico ou reciclado, bem como a aplicação de CCS e de hidrogénio verde em refinarias, de forma a reduzir a pegada de carbono na fabricação de combustíveis, podendo ser utilizados em todos os veículos de transporte rodoviário, novos e antigos, incluindo híbridos ou ICE, bem como no transporte aéreo e marítimo.
Assista ao vídeo da conferência aqui.