O Secretário-Geral da Apetro, António Comprido, participou no passado dia 28 na Sessão – O papel do hidrogénio na descarbonização do transporte rodoviário, da Conferência sobre Hidrogénio e Descarbonização, integrada na Lisbon Energy Summit.
Numa altura em que os veículos ligeiros elétricos são apontados como dominantes na descarbonização da indústria automóvel, mas alguns aspetos, como o tempo de carregamento e a autonomia, continuam a ser uma preocupação para os consumidores e para as empresas, que papel poderá o hidrogénio desempenhar na descarbonização de frotas de pesados de passageiros e mercadorias?
Como irá o Regulamento da Infraestrutura para Combustíveis Alternativos (AFIR) permitir infraestruturas em toda a UE para o reabastecimento de hidrogénio?
Que desafios devem ser enfrentados para a descarbonização do setor? Estes foram alguns dos tópicos abordados neste painel, que foi moderado por Miguel Prado, Editor de Economia do Expresso, e no qual participaram também Nuno Lago de Carvalho, Diretor Comercial da Caetano Bus, Arlindo Carvalho, Diretor de Operações e Membro do Conselho de Administração da HyChem, e Ricardo Esteves, Diretor da Unidade de Negócio Hidrogénio da Hellonext.
Quanto ao papel do Hidrogénio no futuro dos transportes, António Comprido lembrou que os combustíveis líquidos são responsáveis por 97% do consumo, referindo que, embora o hidrogénio venha a ter um papel chave, tanto utilizado diretamente, como enquanto matéria-prima para outros produtos, tais como os combustíveis sintéticos, o futuro terá de incluir uma variedade de soluções, dependendo do tipo de veículo, e da sua utilização e localização.
Questionado sobre o que pediria aos legisladores relativamente à descarbonização dos transportes, António Comprido referiu a neutralidade tecnológica, a não imposição de soluções, permitindo que a ciência, o mercado e os consumidores, escolham qual a melhor solução.
Veja aqui parte da intervenção de António Comprido