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02/12/2020

Apetro responde a consultas públicas na área dos resíduos: "O papel dos biocombustíveis na economia circular"

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No passado dia 30 de novembro, a Apetro respondeu às consultas públicas do Plano de Gestão de Resíduos 2030, Plano Estratégico de Resíduos Urbanos e Plano Estratégico de Resíduos Não Urbanos.

Com a participação nestas consultas públicas, a Apetro pretende posicionar as suas empresas associadas como parte ativa na discussão da gestão e valorização de resíduos em Portugal. As indústrias química e petroquímica têm o conhecimento e as capacidades necessárias para desempenhar um papel crucial na gestão de resíduos através da produção de biocombustíveis avançados.

A produção de biocombustíveis tem como objetivo apresentar uma solução para os problemas de gestão ambiental de resíduos, principalmente os não recicláveis, promover a economia circular dos mesmos através da sua valorização química, e evitar a deposição inadequada de resíduos em aterro ou a sua utilização em inceneração, mitigando os impactos ambientais consequentes.

A principal vantagem dos biocombustíveis é permitir uma rápida descarbonização do setor dos transportes, sem a necessidade de investimento em novas infraestruturas ou frotas automóvel, funcionando como um complemento às outras formas de mobilidade, e reduzindo substancialmente as emissões de GEE em transportes de longo curso, cujas novas tecnologias ainda estão em fase de desenvolvimento.

Atualmente, o maior constrangimento na produção de biocombustíveis é o seu custo de produção face ao volume de matéria prima necessária. Estes custos elevados são inerentes à recolha, transporte e tratamento da matéria-prima utilizada.

Uma recolha de resíduos seletiva e eficiente poderá tornar-se no game changer, promovendo a economia circular, a valorização de resíduos, a utilização de ativos já existentes, e reduzindo as emissões de GEE no setor da mobilidade através da produção de combustíveis de baixo carbono, que irão ser fundamentais na transição energética até atingir a neutralidade carbónica em 2050.

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