Foi ontem lançado numa conferência de imprensa da BP em Londres, o BP Energy Outlook 2018 que analisa as forças que determinam a transição de energia global, desta vez até 2040, e as principais incertezas em torno dessa transição. De acordo com Spencer Dayle, economista chefe do grupo, “estamos a assistir ao aumento da concorrência entre diferentes fontes energéticas, impulsionada por abundantes recursos de energia e melhorias contínuas na eficiência energética. À medida que o mundo aprende a fazer mais com menos, a procura energética será satisfeita pelo cabaz energético mais diversificado jamais visto.”
A velocidade da transição energética é incerta, considerando este novo Outlook uma variedade de cenários. As conclusões do cenário de transição em evolução (cenário ET), que pressupõe que as políticas, as tecnologias, e as preferências das sociedades evoluam de uma forma semelhante ao passado mais recente, são:
- O rápido crescimento das economias em desenvolvimento aumenta a procura global de energia num terço
- Em 2040, o mix de energia global é o mais diversificado a que o mundo já assistiu: com o petróleo, o gás, o carvão e os combustíveis não fósseis a contribuírem cada um com cerca de 25%
- As renováveis são a fonte de energia com maior crescimento, aumentando cinco vezes e fornecendo cerca de 14% da energia primária
- A procura de petróleo cresce durante grande parte do período do Outlook, antes de estabilizar nos últimos anos
- A procura de gás natural cresce fortemente e ultrapassa o carvão como a segunda maior fonte de energia
- O petróleo e o gás juntos representam mais da metade da energia do mundo
- O consumo global de carvão desacelera com a estabilização do consumo de carvão da China
- O número de carros elétricos cresce para cerca de 15% do parque automóvel, mas devido à intensidade com que são utilizados, representam 30% da quilometragem dos veículos de passageiros
- As emissões de carbono continuam a aumentar, sinalizando a necessidade de um conjunto abrangente de ações para se atingir uma rutura decisiva com o passado
Clique aqui para ler o BP Energy Outlook 2018