A carta expressa o seguinte:
"Standards de CO2 para carros e carrinhas: fabricantes de automóveis, indústria de autopeças e fabricantes de combustível pedem negociações em trílogo, para poderem implementar integralmente o resultado da Abordagem Geral do Conselho e permitir, após 2035, que os veículos ICE registados funcionem, exclusivamente, com combustíveis neutros em CO2.
Nós, empresas de automóveis, empresas fabricantes de combustíveis e associações industriais, estamos a planear o nosso futuro industrial para ser totalmente consistente com a meta de neutralidade climática, de 2050, para a Europa. Mas as nossas preocupações são crescentes, de que o caminho limitado fornecido pela proposta da Comissão, de um regulamento sobre “reforço das normas de desempenho das emissões de CO2 para novos automóveis de passageiros e novos veículos comerciais ligeiros em consonância com a crescente ambição climática da União”, com o seu atual teste e protocolo de certificação, crie riscos desnecessários; industrial, económico, social e em termos de reduções de GEE atrasadas. Todos nós apoiamos plenamente que a eletrificação seja a principal tecnologia para a descarbonização do transporte ligeiro rodoviário. No entanto, os recentes desenvolvimentos geopolíticos sublinharam as incertezas relacionadas com o caminho para a eletrificação total de carros novos, até 2035.
Desde a publicação, em julho de 2021, da proposta da Comissão para padrões de CO2 em carros e carrinhas, o cenário geopolítico mudou drasticamente, com implicações nas dependências de energia e matérias-primas. É provável que isso tenha um impacto na velocidade e na eficiência económica da eletrificação da nova frota de veículos ligeiros. Em particular:
A situação atual exige que haja um difícil repensar, dos pressupostos de longa data, sobre a melhor forma de alcançar a neutralidade climática em 2050, garantindo uma transição justa da indústria da UE. Nesse sentido, todas as soluções capazes de reduzir as emissões de GEE devem ser consideradas.
A indústria de combustíveis estabeleceu que a produção de combustíveis fósseis sustentáveis, avançados e sintéticos livres pode ser aumentada. Um facilitador necessário para que isso ocorra é o claro reconhecimento na regulamentação e na sociedade de que os veículos ICE, HEV e PHEV que usam exclusivamente combustíveis renováveis e sintéticos sustentáveis, podem ter uma pegada de GEE muito baixa, ou até mesmo totalmente neutra em relação ao clima. Volumes significativos podem ser produzidos a partir de matérias-primas de resíduos, e de energia renovável proveniente da UE e importada. Estudos académicos altamente credíveis demonstram que esta combinação pode igualar a dos VEs em termos de descarbonização do transporte rodoviário."
CONSULTE A CARTA ORIGINAL AQUI.