A mudança em direção à neutralidade climática está claramente a acontecer: no ano passado, a Comissão Europeia lançou o Green Deal e o Japão, a República da Coreia e mais de 100 outros países em todo o mundo, assumiram compromissos públicos para atingir emissões líquidas zero até 2050. Seguiram-se a China que, em setembro do ano passado, anunciou o seu plano de neutralidade carbónica até 2060. Um dos primeiros atos do presidente Biden foi renovar o compromisso dos Estados Unidos relativamente ao Acordo de Paris, e a sua administração demonstrou o desejo de que os Estados Unidos se tornassem os líderes do movimento. Esta evolução, mostra a pertinência do projeto Low Carbon Pathways (LCP), que a Concawe lançou há alguns anos para identificar as oportunidades e desafios de forma à indústria de refinação contribuir para a evolução rumo à neutralidade climática.
A edição 29.2 da Revista Concawe é composta por artigos relativos a estudos recentes do projeto LCP. O primeiro artigo resume uma revisão da literatura de tecnologias comerciais, de curto prazo e emergentes, para captura e armazenamento de carbono, que é a chave em todos os cenários para alcançar a neutralidade climática. O segundo artigo investiga a viabilidade e o impacto na indústria de refinação europeia de três cenários do A Clean Planet for All, a estratégia de longo prazo publicada pela Comissão Europeia. O terceiro artigo apresenta as principais conclusões do relatório JEC Well-To-Wheels v5 - a última atualização do estudo aprofundado realizado com o Joint Research Centre (JRC) e o EUCAR - que fornece detalhes sobre as emissões de gases de efeito estufa associadas a vários combinações de combustíveis e motorizações. Por fim, a fase inicial de um projeto de pesquisa encomendado pela Concawe e pela Oil and Gas Climate Initiative (OGCI) é descrita no quarto artigo. O estudo, conduzido pela Ricardo Energy & Environment, descreve as medidas tecnológicas e operacionais para descarbonizar o setor marítimo e investiga o potencial dos combustíveis e dos energy carriers alternativos.
Leia aqui esta interessante publicação