Já em 2016, estudos publicados pela NTNU - Universidade Norueguesa de Trondheim, mostraram que as emissões resultantes do fabrico e reciclagem do carro elétrico e da sua bateria são tais, que o motor de combustão interna mais eficiente poderia competir com os VE's numa perspetiva de ciclo de vida completo. Estas conclusões foram fortemente criticadas pelas ONG's no momento de sua publicação, considerando-as irrealistas e pouco fiáveis.
Passados 2 anos, são agora confirmadas pela Agência Europeia do Ambiente através do estudo “Electric vehicles from life cycle and circular economy perspectives”, publicado em 22 de novembro passado, que conclui que os carros elétricos "emitem menos gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos durante todo o seu ciclo de vida do que carros a gasolina e diesel", mas especificando que essa diferença se situa entre os 17% a 30%. A diferença é surpreendentemente pequena e, sendo a meta de CO2 para 2021, nos automóveis, de 95gr/km, isto é, cerca de 25% menor, é provável que a maior parte dessa diferença seja preenchida com motores de combustão interna eficientes.
Tal como descrito na Visão 2050 da Indústria de Refinação, a estratégia de combustíveis líquidos com baixo teor de carbono oferece uma solução global para o transporte, incluindo os segmentos que se apresentam como um enorme desafio para a eletrificação, como são a aviação, o transporte marítimo e o rodoviário pesado de longa distância. Tal como revela um estudo feito pela Ricardo, tal estratégia poderia, por exemplo, reduzir a emissão líquida de CO2 do transporte em 87% em relação a 2015, o que é semelhante ao alcançado por um ambicioso cenário de VE.
Essa abordagem tecnologicamente neutra, permitiria que muitas tecnologias competissem e contribuíssem para o objetivo geral de reduzir as emissões de GEE dos transportes.
Leia AQUI o comunicado da FuelsEurope sobre este assunto.