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Notícias

23/03/2017

Emissões globais de CO2 estagnadas pelo terceiro ano consecutivo

Energia e Clima
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De acordo com a Agência Internacional de Energia, em 2016, as emissões globais de dióxido de carbono provenientes da energia, mantiveram-se estáveis nas 32,1 Gt, pelo terceiro ano consecutivo, mesmo com o crescimento de 3,1% da economia global, o que é um sinal da dissociação contínua das emissões e da atividade económica. Este resultado deveu-se ao crescimento da geração de eletricidade através de fontes renováveis, à substituição da utilização do carvão pelo gás natural, às melhorias na eficiência energética, bem como a mudanças estruturais na economia global.

As emissões de dióxido de carbono diminuíram nos Estados Unidos e na China, os dois maiores consumidores de energia e emissores de CO2 do mundo, e permaneceram estáveis na Europa, compensando aumentos na maior parte do resto do mundo.
 
A maior queda veio dos Estados Unidos, onde as emissões de dióxido de carbono caíram 3%, ou 160 milhões de toneladas, enquanto a economia cresceu 1,6%. Esta quebra foi impulsionada por um aumento no fornecimento de gás de xisto. No ano passado, as emissões nos Estados Unidos estiveram ao seu nível mais baixo desde 1992, período em que a economia cresceu 80%.

07/04/2017
Em 2016, as energias renováveis forneceram mais de metade do crescimento da procura global de eletricidade, sendo a hidroelétrica responsável por metade dessa participação. O aumento global da capacidade nuclear do mundo no ano passado foi o maior desde 1993, com novos reatores na China, Estados Unidos, Coreia do Sul, Índia, Rússia e Paquistão. A procura de carvão caiu mundialmente, mas a queda foi particularmente acentuada nos Estados Unidos (11%) em 2016. 

Na China, as emissões caíram 1% no ano passado, à medida que a procura de carvão diminuiu, enquanto a economia cresceu 6,7%. Esta tendência teve várias razões: pela parte crescente das energias renováveis, do nuclear e do gás natural, no sector da eletricidade, mas também por uma substituição do carvão pelo gás, nos sectores industrial e imobiliário, impulsionada em grande parte pelas políticas governamentais de combate à poluição atmosférica.
 
Dois terços do crescimento da procura de eletricidade na China, que cresceu 5,4%, foi fornecida por energias renováveis - principalmente hidroelétricas e eólicas - bem como nucleares. 
 
Na União Europeia, as emissões foram praticamente estáveis no ano passado,uma vez que a procura de gás aumentou cerca de 8% e a procura de carvão diminuiu 10%. As energias renováveis também desempenharam um papel significativo, mas menor.
 
Segundo a AIE, enquanto a estagnação do crescimento das emissões é uma notícia positiva para melhorar a qualidade do ar, não é suficiente para colocar o mundo num caminho que evite a subida das temperaturas globais acima de 2° C, sendo necessárias políticas consistentes, transparentes e previsíveis em todo o mundo, de forma a aproveitar ao máximo o potencial das melhorias tecnológicas e das forças do mercado. 


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07/04/2017