Descarbonizar o transporte e atingir emissões líquidas zero, não é possível sem um aumento significativo de biocombustíveis avançados, especialmente no transporte marítimo e na aviação.
Nesse sentido, a FuelsEurope assinou uma carta conjunta, na qual defende a necessidade de escalar e desenvolver o fornecimento de biocombustíveis, especialmente para os setores marítimo e da aviação.
Nesta carta conjunta, dirigida a diferentes Direções-Gerais da Comissão Europeia, os signatários expressam a sua convicção de que a produção de biocombustíveis pode ser aumentada de forma sustentável a nível global, para satisfazer a crescente procura, utilizando matérias-primas que não compitam com a cadeia alimentar.
Lamentavelmente, o anterior projeto do Ato Delegado, que a Comissão apresentou na sua mais recente reunião do grupo de especialistas, em maio, deixaria por explorar o enorme potencial de expansão e comercialização dos biocombustíveis avançados.
A próxima proposta da Comissão sobre o Anexo IX do Ato Delegado da Diretiva das Energias Renováveis, pode mobilizar investimentos em matérias-primas para biocombustíveis avançados. A proposta está muito atrasada, mas precisa de ser adotada em breve e, o mais importante, incluir matérias-primas mais sustentáveis na sua Parte A.
Culturas não alimentares em terras severamente degradadas e culturas intermédias que não necessitem de terreno adicional e, portanto, não compitam com alimentos e rações, devem ser incluídas no Anexo IX A, para apoiar o cumprimento das ambiciosas metas de descarbonização nos transportes, especialmente nos setores marítimo e da aviação.
Para além da FuelsEurope, foram igualmente signatários desta carta: Airbus, Airlines for Europe (A4E), Boeing, bp, Carnival Corporation & plc, CLIA, European Cargo Alliance, European Express Association, Eni, EWABA, GAMA, CEPSA, MSC, Neste, Nuseed, Repsol, Shell, SkyNRG, TotalEnergies, World Energy.