O caminho a percorrer até 2023 começa numa situação relativamente confortável. O excesso de reservas globais de petróleo já quase desapareceu e o preço do petróleo recuperou. O aumento do preço do petróleo compensou os cortes de produção e prevê-se que o crescimento da produção de petróleo dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Noruega seja suficiente para manter o abastecimento global até 2020. A partir daí, serão necessários mais investimentos para aumentar a produção de petróleo.
O crescimento da procura de petróleo nos próximos cinco anos baseia-se numa economia global sólida. Impulsionada pelo crescimento económico na Ásia e por uma indústria de petroquímica ressurgente nos Estados Unidos, a procura mundial de petróleo aumentará para 104,7 mb/d em 2023 (mais 6,9 mb/d do que em 2018). A China continuará a ser o principal motor do crescimento da procura, mas políticas mais rigorosas para reduzir a poluição do ar retardarão o seu crescimento. Neste país, a crescente penetração de autocarros elétricos e camiões a GNL, terá um impacto maior na contenção do consumo de combustíveis de transporte, do que propriamente a eletrificação de veículos de passageiros.
Nos EUA os padrões de economia de combustível para automóveis de passageiros reduzirão a procura de gasolina, ao mesmo tempo que o setor petroquímico florescerá graças ao baixo teor de etano. A nova capacidade global de petroquímica representará 25% do crescimento da procura de petróleo até 2023. Ao mesmo tempo, uma nova legislação relativa a uma diminuição do teor de enxofre no combustível marítimo, que entrará em vigor em 2020, está a criar alguma incerteza no mercado.
Graças à revolução na exploração do petróleo de xisto, os Estados Unidos lideram o crescimento do fornecimento de petróleo, atingindo quase 17 mb/d em 2023 (partindo de 13,2 mb/d em 2017). Com a OPEP a crescer modestamente a sua capacidade, o foco da atenção centra-se nos países não-OPEP. Praticamente, todo o crescimento da produção da OPEP virá do MédioOriente. Na Venezuela, a produção de petróleo caiu para mais de metade nos últimos 20 anos, sendo apenas compensada por ganhos no Iraque.
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