
Dezanove CEOs e altos executivos das principais empresas europeias de fabrico de combustíveis uniram-se num apelo à Comissão Europeia para que reconheça o setor da refinação como um parceiro estratégico e o envolva na preparação e implementação do Plano de Ação para a Indústria Química da União Europeia.
Num comunicado conjunto, os líderes alertam que ignorar a profunda interdependência entre a indústria da refinação e a indústria química poderá enfraquecer gravemente o ecossistema industrial europeu.
Há várias décadas que refinarias e complexos petroquímicos se encontram localizados em cerca de 20 clusters industriais por toda a Europa. Esta integração tem sido essencial para promover a eficiência energética, o uso partilhado de infraestruturas e a circularidade das matérias-primas, fatores decisivos para a competitividade e resiliência energética da Europa.
As refinarias europeias são responsáveis por aproximadamente 50% das matérias-primas utilizadas pela indústria química e fornecem 97% da energia para os transportes no continente, servindo de alicerce a cadeias de valor que vão desde os setores automóvel e aeronáutico e até para a defesa europeia e produção de materiais avançados.
Os signatários alertam que, sem uma estratégia coerente e um enquadramento de investimento sólido que apoiem ambas as indústrias, a Europa arrisca aumentar a sua dependência energética e de matérias-primas importadas, frequentemente associadas a maiores pegadas de carbono.
Nesse sentido, apelam à Comissão Europeia para a criação de um Diálogo Estratégico para as Indústrias de Refinação e Química, com os seguintes objetivos:
A Diretora-Geral da FuelsEurope, Liana Gouta, sublinhou que “as nossas indústrias são duas faces da mesma moeda. As ambições químicas da Europa não podem ser alcançadas sem uma base de refinação forte e competitiva”.
Consulte a carta conjunta dos CEOs e executivos da indústria de combustíveis aqui e o comunicado de imprensa da FuelsEurope completo aqui.