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Notícias

08/05/2018

Os mais recentes veículos a gasóleo “Euro 6d” serão tão eficazes quanto os veículos com emissões zero, no cumprimento dos valores-limite da qualidade do ar nas cidades

Transportes

Embora as medidas de redução de emissões até agora tomadas, tenham resultado em melhorias significativas na qualidade do ar na Europa, o desafio mantem-se em muitas áreas urbanas e a não conformidade com os Valores Limite da Qualidade do Ar (AQLVs) continua a ser um problema, especialmente no que diz respeito ao dióxido de azoto (NO2) e às partículas em suspensão (PM).
Em muitas cidades, o transporte rodoviário tem sido o foco principal das medidas de redução de emissões, sendo os automóveis de passageiros a gasóleo, em particular, frequentemente considerados uma das principais causas da não conformidade com os AQLVs. No entanto, a tecnologia de veículos a gasóleo fez avanços significativos nos últimos anos para reduzir as emissões. Para garantir que as medidas de redução de emissões resultem em melhorias reais, foi introduzido um novo teste (RDE – Real Driving Emissions) que mede as emissões em condições reais de utilização dos veículo e, portanto, fornece informações mais precisas sobre as emissões geradas em ambientes urbanos.

Em 2017, a Concawe encomendou dois estudos para determinar as emissões esperadas dos veículos a gasóleo mais recentes - Euro 6 (incluindo o Euro 6d certificado desde setembro de 2017) segundo a referida nova metodologia de teste, e entender qual o impacto que teriam as emissões desses novos veículos a gasóleo na conformidade com os valores da qualidade do ar ambiente, quando comparado com veículos de emissão zero (ZEV). O primeiro estudo, concluído pela Ricardo (consultoria em engenharia e meio ambiente especializada nos setores de transporte e energia), resumiu os dados dos testes de emissões RDE para carros de passageiros Euro 6. O segundo projeto, completado pela AERIS Europa (consultores especializados em qualidade do ar), incorporou os dados do estudo de Ricardo e modelou o impacto dos carros de passageiros a gasóleo na conformidade com o NO2 e as PM, e a exposição da população em diferentes cenários, incluindo um cenário onde todos os novos carros de passageiros são veículos de emissão zero.

As principais conclusões dos estudos são que:

• As evidências sugerem que as soluções técnicas que estão a ser introduzidas quando aplicadas na “Euro 6d” atingirão o padrão de emissões de NOx da UE de 80 mg/km, ou inferiores, para carros de passageiros Euro 6, em condições reais de utilização.
• Na substituição da frota de veículos mais antigos para veículos novos, os mais recentes veículos a gasóleo Euro 6d serão tão eficazes quanto os veículos com emissões zero, ajudando as cidades a cumprir os valores-limite da qualidade do ar.
• A modelação mostra que não é esperada quase nenhuma diferença na exposição da população entre o “cenário Médio” do estudo da Ricardo e o cenário ZEV, o que também é verdade se se considerarem os valores máximos do estudo da Ricardo.
• É improvável que desenvolvimentos adicionais de novos padrões de emissões ou medidas que excluam carros a gasóleo novos das cidades, resulte numa mais rápida conformidade com os Valores Limite da Qualidade do Ar ou na redução da exposição da população.

Leia aqui o resumo de ambos os estudos.