A Concawe publicou o relatório 7/21 intitulado “Transição para Combustíveis de Baixo Carbono até 2050: Análise de cenário para o setor da refinação Europeia”, com um amplo foco nos setores rodoviário, aéreo e marítimo e em três cenários de potencial procura.

Este relatório visa melhorar a compreensão do potencial teórico para a produção de combustíveis líquidos de baixo carbono (LCF) na refinação, tanto em termos de volumes totais quanto ao número de unidades necessárias para contribuir para neutralidade climática na UE até 2050.

São explorados aspetos como o volume de LCF necessários para as reduções de emissões de GEE no transporte (seguindo a abordagem do poço-à-roda), bem como o nível de investimento necessário para a transformação da indústria refinadora.

Para fins de simplificação, esta avaliação inclui apenas um número limitado de exemplos de matérias-primas e tecnologias de baixo carbono - culturas alimentares, HVO, BTL, e-fuels, hidrogênio limpo e captura e armazenamento de carbono. Estima-se que o volume de LCF varie entre ~70 e ~160 Mtep/y com um investimento estimado acumulado de ~ 190-660 B€/y no final de 2050, caso as condições econômicas/de mercado estejam presentes e o cenário seja o considerado.

Complementando esta análise, um olhar sobre a disponibilidade de biomassa sustentável não identifica nenhuma restrição importante na realização dos cenários propostos, de acordo com a recente publicação do Imperial College London Consultants - "Disponibilidade de Biomassa Sustentável na Europa para 2050 -  REDII, Anexo IX, Parte A/B".

Note-se que este documento não pretende ser um roteiro para a indústria, visto que outras trajetórias podem ser definidas ou virem a surgir.