O relatório Draghi, que recebeu o apoio esmagador de uma grande maioria de representantes políticos e da indústria europeia, identifica três ações críticas: colmatar o fosso de inovação com os EUA e a China; prosseguir um plano conjunto para a descarbonização e competitividade; e reforçar a segurança de abastecimento, reduzindo ao mesmo tempo as dependências externas. Estas etapas são vitais para evitar impactos económicos negativos e garantir o desenvolvimento global da Europa.
Com a próxima reunião informal do Conselho Europeu a ter lugar em Budapeste, a 8 de novembro de 2024, a FuelsEurope recomenda à Presidência do Conselho da UE e aos Chefes de Estado ou de Governo que estruturem a discussão política de acordo com as conclusões e recomendações críticas do Relatório Draghi. Mais especificamente: como apoiar a transição das indústrias com utilização intensiva de energia, ter em conta o desafio da fuga de carbono em questões comerciais, reduzir a carga administrativa para as empresas europeias, enfatizar o papel das energias renováveis e dos combustíveis renováveis de baixo carbono em todos os sectores dos transportes e, por último, garantir que o princípio da neutralidade tecnológica continua a ser o motor de todos os regulamentos e políticas europeias.
Liana Gouta, Diretora Geral da FuelsEurope comentou: “O Relatório Draghi incita veementemente os reguladores da UE e dos Estados-Membros a dar prioridade à competitividade e crescimento como pilares essenciais para salvaguardar os valores fundamentais da Europa de prosperidade, equidade, liberdade, paz e democracia num ambiente sustentável. O futuro da UE está indissociavelmente ligado à competitividade das suas indústrias na economia global. Pela incapacidade de agir, corremos o risco de minar a economia e o bem-estar social a longo prazo. A reunião informal do Conselho de 8 de novembro é uma oportunidade para começar a transformar as recomendações do Sr. Draghi em ações”.
Liana Gouta chama igualmente a atenção para:
• a necessidade de reconhecer o papel estratégico dos combustíveis renováveis e de baixo carbono, na descarbonização de todos os modos de transporte, defendendo uma abordagem tecnologicamente neutra
• a clara desvantagem competitiva que enfrentam as Indústrias de Consumo Intensivo de Energia devido, em particular, a preços de energia mais elevados e a custos de emissões que enfrentam, em comparação com os seus concorrentes globais, que não só recebem generosos subsídios, como não têm de fazer face a metas de descarbonização tão rigorosas
• a eliminação da incoerência regulamentar e a simplificação da legislação para atender às necessidades específicas das Indústrias de Consumo Intensivo de Energia ou garantir energia a preço acessível durante o período de transição
• a necessidade de abordar os potenciais riscos da implementação do CBAM, da sua complexidade, e do risco de fuga de carbono devido às desigualdades competitivas que provoca aos exportadores.
• a crescente e pesada carga regulatória, que nos conduziu a um quadro legislativo complexo e dispendioso que ameaça a competitividade europeia,
Esta notícia baseia-se num Comunicado de Imprensa divulgado pela FuelsEurope, que a EPCOL subscreve integralmente.