Combustíveis - inovação e desenvolvimento
Apoiando a ambição de neutralidade climática da União Europeia até 2050, a indústria de refinação europeia, na sua constante investigação, inovação e desenvolvimento, poderá disponibilizar combustíveis capazes de responder a esses desafios.
São disso exemplo os Combustíveis Líquidos de Baixo Carbono (LCLF – Low Carbon Liquid Fuels), que incluem biocombustíveis da primeira geração sustentáveis, biocombustíveis avançados, biomass-to-liquid, hidrogenação de óleos vegetais/desperdícios e resíduos, e e-combustíveis, para substituir o CO2 fóssil por CO2 biogénico ou reciclado, bem como a aplicação de CCS (Carbon Capture Storage - Captura e Sequestro de Carbono), e de hidrogénio verde em refinarias, para reduzir a pegada de carbono na fabricação de combustíveis.
A via recentemente apresentada pela Indústria de Refinação Europeia - Clean Fuels For All, prevê o desenvolvimento de combustíveis líquidos de baixo carbono para o transporte rodoviário, marítimo e aéreo.
Esta via defende que, até 2050, a disponibilização de 150 Mt de LCLF reduziria 425 Mt CO2 / ano, o correspondente a 90% das emissões do transporte rodoviário e a 50% do transporte aéreo e marítimo. Esta abordagem garantiria uma maior flexibilidade a fontes alternativas de energia de baixo carbono, utilizando as infraestruturas e frotas existentes. Considerando igualmente a Captura e Sequestro de Carbono (CCS), seria possível atingir a completa descarbonização do transporte rodoviário.
Em 2022, um conjunto de organizações que operam em diferentes etapas da cadeia de valor dos combustíveis em Portugal e que representam diversos sectores da mobilidade criaram a Plataforma para a Promoção dos Combustíveis de Baixo Carbono (PCBC).
Os membros da plataforma estão empenhados em contribuir para uma economia neutra climaticamente até 2050, baseada na diversidade de vetores energéticos e soluções tecnológicas, onde ninguém é deixado para trás.